quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Relatório do Acampamento de Natal 2010:

 Scarie Movie


         Este ano, o Acampamento de Natal realizou-se perto de Vila Verde, em Fontela, na Figueira da Foz, entre os dias 18 e 21 de Dezembro.
         Da equipa de animação, estavam presentes os chefes Ana Marcão, Alex Rippol, Frederico Aguiar (uma noite) e Daniel Pestana (uma noite).

         Dormimos num parque escutista, a Base Vive, que se localiza numa antiga Escola Primária. Este local tinha um espaço relvado, onde montámos as tendas e os oleados onde comemos, além de uma casa com cozinha, uma sala grande e outra mais pequena (que tinha canoas a ocupá-la) e também casas de banho e um chuveiro, assim como um espaço comprido onde as patrulhas guardaram o material e cozinharam.
         Quando chegámos, o parque estava ocupado por uns escuteiros da zona, mas estes não ficaram lá até ao fim do nosso acampamento.

1º Dia (18 de Dezembro) …

          Acordámos de manhã e fomos para a sede, onde nos encontrámos às 8h00. Fizemos as últimas preparações de material, carregámos o autocarro que entretanto chegou e formámos. Depois, entrámos e sentámo-nos nos nossos lugares. Confirmámos a presença de toda a gente e partimos.
          A viagem correu bem, como sempre, com animadas conversas, até que parámos numa estação de serviço. Lá, quem quis comprou alguma coisa para comer ou para beber, outros aproveitaram para ir à casa de banho e outros foram apenas apanhar ar. A viagem continuou calmamente até ao nosso destino, Fontela, na Figueira da Foz.

          Quando saímos dos autocarros formámos e foram-nos dadas instruções para nos despacharmos rapidamente, uma vez que o Jogo de Cidade ia ocorrer nessa tarde e só tínhamos uma hora e um quarto para montar campo, comer o almoço frio e arrumar o material de cozinha das patrulha nos respectivos locais. As patrulhas que tiveram tempo começaram também a montar os panos de tenda que iam servir como espaço para comer.

          Era hora do Jogo de Cidade. Formámos juntamente com uma patrulha do agrupamento que também estava na Base Vive (porque ia participar connosco no jogo) e os chefes explicaram-nos as regras de funcionamento do jogo e distribuíram às patrulhas as folhas com as perguntas, os postos, e claro: a Tralha! Depois desta explicação, fomos de autocarro até à Figueira da Foz, uma viagem muito rápida. Quando chegámos, partimos. Cada patrulha tomou o seu caminho em busca dos postos e da tralha. Tivemos, entre outras coisas, de contar as janelas de um palácio (que tinha muitas!) e os degraus de um pelourinho. Passámos por muitos locais, sempre de olhos postos no chão (à procura de uma formiga!) e com muita animação (fartámo-nos de rir com a Loja do Zé Poupança!). Fomos à sede dos escuteiros locais e ensinámo-los a jogar o jogo “Base 4”, para que eles nos dessem um distintivo do seu agrupamento.
          No fim, parámos na Igreja Matriz, porque íamos assistir à missa. Na Igreja, que também era um posto, tivemos de contar as imagens que lá existiam. Ficámos à espera das outras patrulhas, e em seguida entrámos para ir à missa. Alguns dormiram, outros quase, mas acho que ninguém prestou total atenção à longa homilia do Sr. Padre!
          Quando voltámos à sede, acabámos de montar os oleados e cozinhámos o jantar: esparguete à bolonhesa. Comemos e lavámos a loiça, antes do jogo que se seguiria, que estava relacionado com o imaginário: o Scarie Movie!
          O jogo consistia em procurar 5 monstros e responder a 3 perguntas sobre cada um deles. Eram eles a criação do Dr. Frankenstein; o Drácula; a Múmia Assassina; o Jack, o Estripador e o Lobisomem. Dois dos monstros (o monstro do Dr. Frankenstein e o Lobisomem) estavam dentro da casa de apoio, e os outros três encontravam-se espalhados ao pé de umas canas, os três praticamente juntos, o que não fez muito sentido tendo em conta que a área de jogo que nos tinham dado era enorme.
          Depois do jogo, foram todos dormir (menos os guias e sub-guias que tiveram Conselho de Guias).

2º Dia (19 de Dezembro) …
          Acordámos por volta das 7h30, vestimos roupa confortável e tratámos da higiene, e fomos buscar os cereais e o leite, que compunham o nosso pequeno-almoço. Comemos, lavámos a loiça e formámos antes de entrar para o autocarro, em direcção à enorme praia da Figueira da Foz, onde tínhamos espaço que chegou e sobrou para fazermos os nossos jogos.

          Lá, desenhámos na areia um campo de Base 4 e um de Futebol Humano. Divertimo-nos muito e, como é óbvio, a Raposa ganhou todos os jogos que jogou!
          A seguir, e para tornar o dia ainda melhor, chegou uma actividade inesquecível, o Arborismo no Parque Aventura! Fomos para lá de autocarro e conhecemos os simpáticos instrutores: a Idália, a Mónica e o Leonel! Eles explicaram-nos as regras de segurança e distribuíram-nos os baudriers, que nos ajudaram a colocar. Depois, um a um, fizemos o percurso de iniciação, um percurso muito curto que tinha como objectivo aprender as regras de segurança. Depois disso, havia vários percursos, com um nível de dificuldade crescente: o Percurso Amarelo, o Verde, o Violeta, o Azul, o Vermelho, e, por fim, aquele que só alguns e algumas de nós (os mais velhos e os mais corajosos) fizeram, o Percurso Preto! Todos eles eram fantásticos, com slides, pontes e cordas que foram verdadeiros desafios para nós!
          A meio desta actividade, parámos para almoçar. Comemos feijão-frade com atum, por ser uma comida rápida que podia ser facilmente preparada no local, e uma tangerina. Depois de comer, guardámos os pratos e talheres em sacos, todos juntos independentemente das patrulhas, e prosseguimos com a actividade. À tarde, cada um continuou com os seus percursos e alguns repetiram quando acabaram de fazer todos os que estavam ao seu alcance.
          Por volta das 17h, voltámos a campo, cansados depois de um dia muito intenso. Algumas pessoas aproveitaram o tempo para tomar um merecido banho.
          Sabíamos que o Raid ia ser amanhã, e os chefes distribuíram uma carta por patrulha e a folha com os códigos dos locais dos postos. A patrulha Raposa, e repito, como é óbvio, foi a primeira patrulha a ter os postos marcados todos correctos, e por isso foi a primeira patrulha que partiu no dia seguinte, seguida da Lince.
          Depois do jantar, que foi Arroz à Explorador, lavámos a loiça e tivemos aquilo a que o Alex chamou Noite Criativa. Nesta noite, estivemos todos juntos na sala grande e mostrámos aos novatos e aspirantes como costumavam funcionar os Fogos de Conselho, cantando músicas e fazendo jogos, alguns já nossos conhecidos e outros não.
          Depois desta noite criativa houve uma espécie de Conselho de Guias onde se falou do Raid e onde marcámos na carta o caminho a seguir e anotámos conselhos que nos foram muito úteis. Soubemos também que em vez dos 10 postos iniciais, o Raid seria interrompido após o Posto 7, devido à chuva.
          Depois disso fomos dormir.

3º Dia (20 de Dezembro) …

          Acordámos de manhã, cheios de energia com a expectativa de um grande Raid, por volta das 7h30 pois tinham-nos dito que o pão do pequeno-almoço e da ração de combate chegava às 8h15. Nós estávamos todos prontos, mas o pão, nem sombra dele! Quando os chefes chegaram á era tarde por isso os guias juntaram as caixas de todas as patrulhas e todos juntos fizeram rapidamente o pequeno-almoço de toda a Expedição. Comemos e lavámos a loiça. Posteriormente, arranjámos as mochilas, vestimos impermeáveis (apesar de não estar a chover e coletes reflectores e formámos. Foi distribuído a cada patrulha um rádio walkie-talkie e partimos, pela ordem decidida no dia anterior.

          O Posto 1 situava-se num túnel que passava por debaixo da auto-estrada. O caminho para lá não era longo. Era um posto morto em que, além de picar a nossa folha de postos com o alicate, tínhamos de escrever 5 práticas para proteger o ambiente.
       O caminho para o Posto 2 já foi mais cansativo e alguns elementos tiveram alguma dificuldade (os noviços e aspirantes, principalmente a Matilde), mas chegámos. Situava-se num cruzamento, e era um posto vivo, com o Alex e a Ana. A actividade do posto era protegermo-nos da vinda dos extraterrestres com uma arma. Nós construímos uma catapulta que funcionou na perfeição!
       Era a altura de seguir para Tavarede, e o Posto 3 era no cemitério.       Encontrámos a mica debaixo de uns arbustos, e a nossa tarefa foi…contar mortos! Não pareceu assim tão difícil, mas depressa percebemos que era impossível, eram mais de mil! Acabámos por reparar nos números escritos nas campas e concluímos que eram mais de 904, pois havia campas onde jazia mais de uma pessoa.
Fomos então para o Posto 4, que se situava no Marco Geodésico do Saltadouro, que nós e a Lince sentimos dificuldade em encontrar pois na carta parecia ser mais atrás do que realmente era, e precisámos da ajuda dos chefes para perceber onde realmente era. Quando o encontrámos, descobrimos a mica com o alicate do posto entre umas pedras. Depois de picarmos a folha de posto, como tarefa, levámos um ramo de árvore do local na nossa mochila.
Para chegar ao Posto 5, caminhámos e chegámos a um Marco Geodésico, que tinha um moinho e mesas onde almoçámos. Encontrámos facilmente a mica que estava dentro do moinho e comemos com gosto a refeição de que tanto precisávamos! No fim, saboreámos alguns quadrados dos deliciosos chocolates que os chefes nos deram.
O Posto 6 foi num local fantástico, que tinha 3 enormes pás eólicas e era um Marco Geodésico com duas torres de vigia.
Chegámos ao último posto, o Posto 7, que se situava num Marco Geodésico à esquerda de um Miradouro. Apesar de algumas patrulhas terem chegado ao Miradouro antes de nós, a nossa patrulha (ou melhor, o Duarte!) foi a primeira a descobrir o Marco Geodésico e a fazer o posto.

Depois ficámos à espera das outras patrulhas, menos a Falcão, que ainda não tinha chegado. Entretanto, a Ana foi buscar a Falcão (menos a Sofia, o Bernardo, o Tiago e o Francisco, que ficaram a pé) para os levar para campo juntamente com o Diogo, que por ser guia dos guias foi para lá organizar as coisas; e nós fomos andando para campo. O que nós não sabíamos era a carga de água que em breve ia cair sobre nós. Enquanto íamos andando, a Ana foi passando para levar aqueles de nós que precisavam mais de descansar, e os outros continuaram a andar.
  Após uma longa (e MOLHADA!) caminhada, chegámos a uma esperada paragem de autocarro e descobrimos que havia um autocarro até à Figueira da Foz. Pouco depois, os elementos da Falcão que faltavam chegaram, e a Sofia “trouxe” o autocarro! Juntámos dinheiro entre todos para os bilhetes e entrámos. Quando chegámos, os mais velhos foram andando para campo e os outros ficaram à espera do carro da Ana.
No fim, todos acabaram por ir de carro para campo, alguns percorrendo uma distância maior do que os outros. Alguns tomaram banho, mas todos aproveitaram para vestir roupa seca. Neste dia, ao jantar, devia ter havido o Concurso de Culinária, mas por falta de tempo e por causa da chuva, acabou por ser bifes de perú com arroz.

Mais tarde, foi o Fogo de Conselho, animado pelo Diogo e pelo Zeca. Houve muita animação, várias peças cómicas e a última (a nossa) foi séria. Fizemos primeiro uma dança e depois um momento de reflexão.
Fomos dormir, excepto a Patrulha Antílope, que teve um Conselho de Guias onde, além de outras coisas, decidimos que patrulhas iam limpar que partes da casa. À nossa patrulha calhou limpar… a casa de banho! Depois disto, divertimo-nos muito com um jogo que todos adoramos: o Lobo!

4º Dia (21 de Dezembro) …

         De manhã, acordámos, vestimo-nos e arrumámos as mochilas. Depois disso, tomámos o pequeno-almoço e desmontámos campo. Depois disso, limpámos a casa. Foi rápido e correu tudo bem.
         O almoço foi a tradicional feijoada, que foi cozinhada em quatro panelas para toda a Expedição, e depois foi distribuída por todos os pratos. Comemos e lavámos a loiça.
         Após a refeição, arrumámos o material, acabámos de limpar tudo e fomos para o autocarro, que tinha chegado.        Começou a viagem e correu optimamente, com muita animação e até alguns jogos ao Lobo.
         Quando chegámos, formámos e arrumámos o material.
        
         Acabou então esta actividade com muitos momentos que não vamos esquecer!