terça-feira, 29 de março de 2011

Relatório do Acampamento Carnaval

1º Dia...
No1º dia, reunimos na sede as 9h30 da manhã. Da nossa patrulha, os elementos que foram à actividade foram:  
  - Miguel Vieira
  - Afonso Gomes
  - Matilde Gonçalves
  - Duarte Gray (o boss, segundo ele...)

Quando chegámos à sede, preparamos tudo para o acampamento e pusemos tudo o que iriamos precisar cá fora, num monte e, felizmente, havia uns carros para levar o nosso material para o “Campo Base Pedra Amarela”, local onde se realizou o acampamento. Depois disto, fomos a pé só com as nossas mochilas até Cascais. Estava um tempo bastante estranho, pois  de Lisboa até ao Estoril estava um sol radiante, enquanto no Monte Estoril e em Cascais havia nuvens muito escuras e, ao ponto de quando entrámos no centro de Cascais  começar a chuver.
Apanhamos o Autocarro até à base da rua que vai dar ao Campo Base da Pedra Amarela. A viagem foi curta, mas quando saimos do autocarro começou a chover -pouco, mas o suficiente para molhar as capas das mochilas.
Quando estavamos quase à porta do campo o telemóvel do Duarte toca e adivinhem quem era?
«A Bia!»
Ela liga e diz:
-Olá Duarte como está a correr o acampamento? Olha eu estou aqui em Paris num hotel maravilhoso e não estou a apanhar chuva!
Quando chegamos a campo era por volta das 11h00, já não estava a chover e decidimos montar as tendas antes de almoçar. Foi nestes momentos que senti a falta da Bia, pois é tudo muito mais rápido quando somos dois e não temos de estar a explicar tudo a todos. Mas, mesmo com dificuldades, conseguimos montar as tendas bem e acabar ao mesmo tempo que as outras patrulhas. Quando eu ia almoçar olhei para o lado e notei que as duas tendas da Cavalo eram novas! E eu fiquei extremamente irritado, pois é a segunda vez este ano que a Cavalo tem uma tenda nova durante um acampamento. Por mais que eu pense que há uma hipótese de eles terem comprado essa tenda ainda assim acho um assunto dúbio.
 Depois do almoço, todos arrumaram o seu material nas tendas e trocaram de roupa, enquanto eu começava a construção da mesa. Foram bastante lentos, pelo que não me ajudaram muito.
Quando já tínhamos acabado a mesa e estávamos a atar os troncos nesta, começou a chover outra vez, e só tivemos tempo de pôr o pano de tenda por cima da mesa, mas parou pouco logo a seguir a fazermos isso. Depois disso, os guias foram chamados para Conselho de Guias. Começou a chover outra vez enquanto estávamos reunidos, e então, quando saímos, fizemos uma fossa à volta da tenda para não molhar o quarto da mesma.
Por esta altura eram já 18h15, continuava a chover, agora torrencialmente. A nossa mesa tinha água a escorrer, o suficiente para lavar as mãos. Infelizmente, por causa da chuva a nossa Matilde chorou pela primeira vez (outro momento que a Bia faz falta!).
Devido às condições climatéricas, o jogo nocturno (“O Farol”) foi cancelado pois os chefes pensaram que os elementos mais novos do grupo não iam gostar de se deitar no chão molhado. Portanto, para não ficarmos sem jogo nocturno, jogámos um jogo de adivinhar o inimigo. Este jogo era novo para nós, consistia em que cada patrulha tinha 3 palavras codificadas, 1 nó e um inimigo. Primeiro tinha que se descobrir o código e depois partir procura das outras patrulhas tentar desvendar as suas, adivinhando o nó delas. Então, a patrulha que tinha adivinhado tinha direito a saber as palavras da outra patrulha.
    O jogo passou-se em frente À Barragem do Rio da Mula. Nós adivinhámos o nosso inimigo (que era a Cavalo) mas não conseguimos saber as suas palavras, pois o nó deles era tão complicado que mesmo quando eles o disseram ninguém sabia o que era!
    Quando o jogo acabou, tivemos Conselho de Guias e encontrámos à  porta da tenda dos chefes......uma salamandra!!! Durante o Conselho de Guias, estivemos a falar sobre o dia que tinha passado e sobre o dia seguinte.


2º dia...

Neste dia acordámos bem cedo (às 8h00) e o pequeno-almoço foi pão com leite. O pão estava um pouco atrasado, portanto o pequeno-almoço foi adiado para as 8h30 (mas quando eu fui à tenda dos chefes, depois das 8h00, o “Pestaninha” estava deitado a dizer ao Alex “sim Alex está tudo sobre controlo.”).
Depois desta refeição (incluindo lavagens de loiça) tivemos muito tempo para relaxar e a seguir celebrámos a Missa.
Depois do almoço, tivemos uma caminhada pela Pedra Amarela. Foi muito cansativa para a Matilde que, infelizmente, não tem muita resistência e cansa-se rapidamente. Foi um dia com algumas dificuldades, mais do que os outros. A caminhada foi curta, mas houve duas patrulhas que não souberam ler os mapas e puseram o “pica” no local errado. Depois desta caminhada, houve algum tempo para arrumar os campos, pois tinham acabado de ser inspeciondaos pelo Alex.
O nosso campo, claramente, estava melhor que todos os outros e ganhámos a inspecção!!! Nesse momento, fomos fazer o jantar, que foi muito agradável de fazer, pois tivemos um bom tempo de patrulha.
Depois de comer, tivemos um tempinho para lavar a loiça, e nesse espaço de tempo a Matilde e outras raparigas foram capazes de convencer o Alex a deixá-las ficar em campo, o que foi irritante pois que eu estava a tentar que ela se esforçasse mais.
A caminhada nocturna foi deveras interessante, uma vez que fomos todos juntos excepto a Cavalo, que decidiu tomar outro caminho.
No fim desta actividade foram todos dormir, excepto os guias, que ficaram para mais um Conselho de Guias, onde foram distribuídos todos os papéis referentes à caminhada.



3º Dia...
 Neste dia, acordámos à mesma hora que ontem, e comemos como pequeno-almoço cereais de chocolate (Chocapic).
Ao meio-dia, foi dado aos guias um atelier de pioneirismo sobre como atar os troncos que constituem o tampo da mesa ficarem presos durante o acampamento inteiro.
Depois do almoço (que foi “Ração de Combate”) dividimos o grupo em dois para fazer a actividade de serviço, que consistia em cortar Acácias, mas não o podíamos fazer à balda pois estas são árvores polenizadas pelo vento, largando milhares de milhões de sementes. Em seguida, se o sol bater contra essas sementes elas crecem muito rapidamente, o que faz das acácias espécies invasoras que, portanto, é necessário cortar.. Enquanto o nosso grupo cortava as árvores, as outras patrulhas (Falcão e Cavalo) estavam a fazer o percurso de obstáculos suspenso. Mais tarde, trocámos e fomos nós fazer esse percurso. Era pena só haver um Slide, e apenas uma oportunidade para fazer, , logo aqueles de nós que queriam tentar aventurar-se a algo diferente (como o Slide Australiano) só tinham uma hipótese para o conseguir.
Enquanto estávamos no percurso mencionado acima, começou a chover intensamente, mas durante pouco tempo, o qu foi muito mau pois a chuva molhou-nos e o vento só piorou a situação.
Após esta aventura, voltámos para campo, com o objectivo de fazer o jantar.
Quando escureceu, as raparigas da Cavalo decidiram fazer uma brincadeira, “estigando” o Zeca e o Benny, e por acaso até se saíram bem, e tiveram algumas piadas engraçadas:“o Zeca é feio, o Zeca cheira mal”. Mas, entretanto, o Benny e eu fomos preparar o Fogo de Conselho que tínhamos começado a preparar de manhã, e enquanto nós o fazíamos, as meninas prepararam mais “estigas”, fazendo este “concurso” durar até a hora do jantar.
O Fogo de Conselho, aos olhos de alguns, foi o melhor momento deste acampamento, pois todos trabalhamos muito nas nossas peças, que gozavam com histórias classicas da nossa infância.
Deitámo-nos tarde (os guias), uma vez que passámos muito tempo a discutir o melhor do acampamento e o que foi menos bom.

4º Dia
O úiltimo dia, o dia por que todos ansiávamos, mas por que todos receávamos também. Acordámos à hora do custume, mas desta vez começou a chover durante a desmontagem, logo foi mais complicado dobrar as tendas e fazer o almoço ao mesmo tempo. Pois foi neste momento que eu senti a falta da Bia, porque habitualmente trabalhamos em conjunto: enquanto ela desmontava as tendas eu ia fazendo o almoço. Deste modo, eu evitava andar para a frent e para trás a dar indicações aos dois rapazes que estavam a fazer a comida (ou “o comer”, como diria o Duarte se a Bia não corrigisse…).
A parte mais dificil veio depois, porque, acabando de almoçar às 12h25, tivemos de nos apressar verdadeiramente, para ter tudo pronto para sair 40 minutos mais tarde (às 13h15) com a mesa desmontada, o sisal recolhido, a caixa fechada, os panos de tenda dobrados e todas as outras implicações relativas à saída de um acampamento. Saímos um pouco mais tarde do que estava inicialmente previsto, pois a lavagem demorou um pouco mais do que seria de esperar.
Com muita correria, conseguimos chegar ao autocarro, que se encontrava já parado (pela Catarina) na paragem. Na viagem, fomos encontrando escoteiros pelo caminho até ao nosso destino.
Depois de tanta pressa, saímos do autocarro uma paragem mais cedo, e consequentemente nós não estávamos no Cascaisvilla, onde os chefes esperavam por nós. Logo, quando chegámos a sede não estava lá ninguém, e o Daniel só chegou 1h30 mais tarde, depois do autocarro que vinha depois do nosso chegar ao Cascais Villa.
Pois é com este final dramático que terminou mais um Acampamento de Carnaval, para alguns, o último nos Exploradores!    

By: Duarte Gray
(com correcções e comentários de Bia Lopes)

P.S. - As imagens vão separadas noutra mensagem.